O que é gostoso, engorda. O que é lindo, custa caro. E o que é realmente bom dessa vida, despenteia!Fazer amor, despenteia, rir às gargalhadas, despenteia, viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia. Tirar a roupa, despenteia, beijar à pessoa amada, despenteia, brincar, despenteia, cantar até ficar sem ar, despenteia... É a lei da vida: sempre vai estar mais despenteada a mulher que decide ir no primeiro carrinho da montanha russa, que aquela que decide não subir. :)

terça-feira, 8 de março de 2011

Uma MULHER, chamada guitarra!


UM DIA, casualmente, eu disse a um amigo que a guitarra, ou violão, era "a música em forma de mulher". A frase o encantou e ele a andou espalhando como se ela constituísse o que os franceses chamam um mot d'esprit. Pesa-me ponderar que ela não quer ser nada disso; é, melhor, a pura verdade dos fatos. 0 violão é não só a música (com todas as suas possibilidades orquestrais latentes) em forma de mulher, como, de todos os instrumentos musicais que se inspiram na forma feminina — viola, violino, bandolim, violoncelo, contrabaixo — o único que representa a mulher ideal: nem grande, nem pequena; de pescoço alongado, ombros redondos e suaves, cintura fina e ancas plenas; cultivada, mas sem jactância; relutante em exibir-se, a não ser pela mão daquele a quem ama; atenta e obediente ao seu amado, mas sem perda de caráter e dignidade; e, na intimidade, terna, sábia e apaixonada. Há mulheres-violino, mulheres-violoncelo e até mulheres-contrabaixo. Mas como recusam-se a estabelecer aquela íntima relação que o violão oferece; como negam-se a se deixar cantar, preferindo tornar-se objeto de solos ou partes orquestrais; como respondem mal ao contato dos dedos para se deixar vibrar, em benefício de agentes excitantes como arcos e palhetas, serão sempre preteridas, no final, pelas mulheres-violão, que um homem pode, sempre que quer, ter carinhosamente em seus braços e com ela passar horas de maravilhoso isolamento, sem necessidade, seja de tê-la em posições pouco cristãs, como acontece com os violoncelos, seja de estar obrigatoriamente de pé diante delas, como se dá com os contrabaixos. Mesmo uma mulher-bandolim (vale dizer: um bandolim), se não encontrar um Jacob pela frente, está roubada. Sua voz é por demais estrídula para que se a suporte além de meia hora. E é nisso que a guitarra, ou violão (vale dizer: a mulher-violão), leva todas as vantagens. Nas mãos de um Segovia, de um Barrios, de um Sanz de la Mazza, de um Bonfá, de um Baden Powell, pode brilhar tão bem em sociedade quanto um violino nas mãos de um Oistrakh ou um violoncelo nas mãos de um Casals. Enquanto que aqueles instrumentos dificilmente poderão atingir a pungência ou a bossa peculiares que um violão pode ter, quer tocado canhestramente por um Jayme Ovalle ou um Manuel Bandeira, quer "passado na cara" por um João Gilberto ou mesmo o crioulo Zé-com-Fome, da Favela do Esqueleto. Divino, delicioso instrumento que se casa tão bem com o amor e tudo o que, nos instantes mais belos da natureza, induz ao maravilhoso abandono! E não é à toa que um dos seus mais antigos ascendentes se chama viola d'amore, como a prenunciar o doce fenômeno de tantos corações diariamente feridos pelo melodioso acento de suas cordas... Até na maneira de ser tocado — contra o peito — lembra a mulher que se aninha nos braços do seu amado e, sem dizer-lhe nada, parece suplicar com beijos e carinhos que ele a tome toda, faça-a vibrar no mais fundo de si mesma, e a ame acima de tudo, pois do contrário ela não poderá ser nunca totalmente sua. Ponha-se num céu alto uma Lua tranqüila. Pede ela um contrabaixo? Nunca! Um violoncelo? Talvez, mas só se por trás dele houvesse um Casals. Um bandolim? Nem por sombra! Um bandolim, com seus tremolos, lhe perturbaria o luminoso êxtase. E o que pede então (direis) uma Lua tranqüila num céu alto? E eu vos responderei; um violão. Pois dentre os instrumentos musicais criados pela mão do homem, só o violão é capaz de ouvir e de entender a Lua

Vinicius de Moraes! . às mulheres dedico essas palavras :) 
Aquelas que são exemplo, minha mãe e minha nona! .
Aquelas que são AMIGAS! . aquelas que admiro. . a todas mulheres!

Paaaaaaaaaaaaaarabéééns Mugueada *-*


domingo, 6 de março de 2011

Ideal?

Porque tudo é tão dificil, porque o coração não pode obedecer a razão, o certo, porque quando eu não te vejo, ou a tua indiferença, me deixa mal e quando eu tenho a oportunidade de estar ao teu lado, eu não quero estar eu me sinto culpada, não me sinto honesta contigo. Hoje o que eu mais queria era te ver com outros olhos,te ver como um homem e não como um amigo,hoje eu queria te olhar e sentir paixão,mas eu te amo como o mais fiel dos companheiros. Você me faz bem, me faz sorrir, e é inexplicável como ainda não nasceu o desejo.Talvez eu te olhe como algo longe demais da minha capacidade de gostar,talvez eu te veja como algo certo demais para o meu errado demais. Eu apenas gostaria de poder dizer que sonho com um futuro romance, mas eu desejo uma eterna amizade. Pior de tudo é imaginar você sofrendo, pior de tudo é imaginar você triste, eu daria meu coração para te ver sempre feliz daria minha felicidade por um simples sorriso seu,porque eu te amo, e a sua felicidade é a minha felicidade. Está com você é bom demais pra se acabar, mas se a distancia for a melhor opção pra você, eu apenas não quero que você sofra, as vezes as pessoas não estão prontas, mas talvez um dia elas estejam.Eu espero que esse dia chegue logo mas hoje eu não consigo te ver com outros olhos, e isso me machuca, machuca saber que eu não consigo me apaixonar; pelo cara ideal. E è estranho, como entre outras situações eu conseguiria reverter e sair dela da melhor maneira possível, e hoje eu to sem rumo sem saber o que fazer, o que dizer, eu digo pra mim mesma que isso não é certo, porque não é certo? Porque eu odiaria que o cara que eu amo fizesse isso comigo, me visse somente como uma amiga, mas quando falo contigo me sinto tão a vontade e que esqueço que a maneira como nos olhamos é diferente, sei que você é o cara ideal, mais acho que o meu coração não gosta do ideal, prefere algo mais!


;~


domingo, 20 de fevereiro de 2011

É Corinthians

É amanhã. Foi ontem. É hoje. Será sempre. O Corinthians não precisa de data para celebrar. Só precisa de Corinthians. Pode parecer mesquinho para os outros, onanista, até. Mas isso é Corinthians para quem de fato importa – o corintiano. Basta existir. O fiel não precisa de jogo, de estádio, de adversário, de futebol, decampeonato, de gol, de vitória, de título.

O corintiano só precisa do Corinthians para ser feliz.

Só precisa de outro corintiano para fazer festa. Ele se encontra pela rua e confraterniza como se visse um Luisinho, um Marcelinho, um Neco, um Neto, um Rivellino, um Sócrates, um Wladimir, um Cláudio, um Biro-Biro, um Zé Maria, um Basílio, um Gilmar, um Brandão, um ídolo. Um corintiano. Que não precisa ser craque, pode até ser bagre. Desde que saiba que a camisa não é um símbolo. É tudo. É Corinthians. Não é um bando de loucos. É um corintiano. Definição precisa e perfeita. Completa e complexa. Mas simples como um torcedor que ama o time como ama a família. Se não torce de fato mais pelos 11 que jogam por todos que pelos entes queridos. Afinal, é tudo do ente. É tudo doente. É tudo Timão. O Corinthians não é a vida de um corintiano. Antes de ser gente ele é Corinthians. Por isso tanta gente é Corinthians. Num Brasil imenso e injusto socialmente, o campeão dos campeões paulistas é dos maiores fatores de inclusão, justiça e igualdade no país. Não por acaso é nação dentro deste continente. Tem regras complicadas, tem razões malucas, tem paixões regradas. Tem de tudo e tem para todos no Parque São Jorge. Na casa por usucampeão Pacaembu. No Morumbi tantas vezes palco das festas. No Maracanã campeão mundial em 2000. Nas tantas praças brasileiras que viraram casas corintianas em títulos e troféus. Até mesmo nas dores que não murcharam amores. Até mesmo nas vergonhas nos gramados e nos sem-vergonhas das tribunas e tribunais, o Corinthians sempre soube ganhar como raros, e até soube perder como poucos. Mesmo perdendo a cabeça e perdendo o juízo. Mas jamais perdendo o coração.

Doutor, eu não me engano, mesmo que meu coração seja o oposto do corintiano, não há nada que bata tanto e por tantos como esse que se diz maloqueiro e sofredor, graças a Deus!

Esse prazer de eventualmente sofrer é exclusividade alvinegra. Esse amor não se explica. É um presente. É um dom. É uma doação, mesmo quando mais parece uma danação. É sina que não se explica, que fascina até quem não é, até quem não gosta. Não sei explicar o Corinthians. Nem os corintianos conseguem. Mas nada disso é preciso. O que importa é que sempre haverá no estádio e em cada canto um fiel. Um estado de espírito alvinegro. Um torcedor que acredita sem ter por que; que torce sem ter por quem; que joga sem ter com quem. Listar os títulos corintianos não é fácil. Mais difícil é compreender um torcedor que até se orgulha dos fracassos. Até na segunda dos infernos. Em 2008, vi gente acreditando como sempre desde 1910. Vi fiel não abandonando. Não parando. Acreditando. Corintianando. Fiel pode até ser rebaixado – mas não se rebaixa. Raros sabem perder e ganhar como nenhum outro jamais venceu. Ainda mais raros (embora muitos) nasceram sabendo que quem ama não perde. Podem até ter times melhores. Mas mais amados? Nestes 100 anos, não conheço igual. Desde 1º. de setembro de 1910, todos os dias são especiais. Todos são dias de Corinthians. 



♪ Aqui tem um bando de louco, louco por ti Corinthians e para aqueles que acham que é pouco eu vivo por ti Corinthians, eu canto até ficar rouco eu canto para te empurrar. Vamo, vamo, meu timão o vamo meu timão não para de lutar ♪